Os principais componentes de um motor de combustão interna se dividem em dois grupos, componentes fixos e componentes móveis.
Os componentes fixos são compostos pelos seguintes elementos: bloco do motor, cabeçote e o cárter;
Os componentes móveis são: pistão, camisas, biela, virabrequim, válvulas de admissão, válvulas de escape e árvore de comando de válvulas, guias e sede das válvulas, porcas, molas, bucha do balancim, parafuso regulador, mancais, tuchos, casquilhos ou bronzinas, compensadores de massa, volante, juntas, etc.
Componentes fixos dos motores:
1 - Bloco do motor
O bloco é considerado a principal estrutura ou o corpo do motor. Nele, direta ou indiretamente, são acoplados os componentes que compõem o motor.
Bloco do motor
O bloco é usinado para permitir a passagem do óleo e da água que farão parte dos sistemas de lubrificação e de arrefecimento respectivamente e da montagem dos demais componentes que serão acoplados a ele: árvore do comando de válvulas, cabeçote, cárter, etc.
Os materiais utilizados no bloco do motor incluem o ferro fundido, alumínio fundido, alumínio forjado e aço forjado usualmente soldado. O tipo apropriado depende, principalmente, das considerações do tipo de motor e dos custos de fabricação.
Motores modernos utilizam o alumínio e ligas em lugar do ferro fundido, obtendo como principais resultados melhor dissipação de calor e redução do peso. Alguns blocos possuem cilindros removíveis em formato de tubos os quais formam as paredes do cilindro no bloco propriamente dito, denominados “camisas”. As camisas podem ser úmidas, quando o líquido de arrefecimento está em contato direto com a camisa e que entre si trocam calor; ou secas, quando o líquido de arrefecimento não está em contato direto com a camisa.
Camisa para bloco do motor
Na parte inferior do bloco estão os alojamentos dos mancais centrais, onde se apoia o virabrequim. Nos motores com movimento do virabrequim horizontal (Fusca) de cilindros opostos, o eixo de manivelas acha-se no centro do bloco. Este, por sua vez, é composto de duas partes justapostas, afixadas por parafusos.
Nos motores refrigerados a ar os cilindros são separados e circundados por aletas, cuja finalidade é aumentar a superfície de transferência de calor.
Motor boxer
Quando os cilindros são fixos no bloco, formando uma só peça, dizemos que o bloco é integral, também chamado de monobloco. O bloco integral, quando comparado aos de cilindros substituíveis (camisados), apresenta desvantagem de só poder ser submetido a um número limitado de retíficas em seus cilindros, devido à diminuição da espessura de suas paredes. Em casos extremos, quando o bloco integral não suportar mais retíficas, pode-se efetuar o encamisamento, isto é, o bloco é retificado e um cilindro de menor diâmetro é prensado dentro dele, como se fosse um cilindro substituível.
Bloco do motor com detalhamento do encamisamento
2 - Cabeçote
O cabeçote tem a função de tampar os cilindros, formando a câmara de combustão na parte superior do bloco do motor.
Cabeçote do motor 4 cilindros
Nele,
ocorrem altas pressões por conta do pistão que comprime a mistura, no caso
do ciclo Otto, ou o ar, no caso dos motores de ciclo Diesel. Geralmente, possui
orifícios com roscas onde são fixadas as velas de ignição ou os bicos injetores e
alojadas as válvulas de admissão e escape ou descarga. A união do bloco com
o cabeçote, em razão da total vedação, requer uma junta de amianto revestida
de metal.
Os motores refrigerados a água usam cabeçotes de ferro fundido ou ligas
de alumínio, quando há necessidade de redução de peso ou para melhorar
a condução de calor, uma vez que impedem a formação de pontos quentes
nas paredes internas do cabeçote.
Em alguns motores o cabeçote abriga o eixo de cames ou comando de válvulas
responsável pela abertura e fechamento das válvulas.
O cabeçote é um dos elementos mais suscetíveis a problemas no projeto
dos motores. Geralmente combina problemas estruturais, fluxo de calor e
escoamento de fluido em uma forma complexa.
Admissão e descarga do ar no cabeçote
3 - Cárter
Parte inferior do bloco. Cobre os componentes inferiores do motor e serve
de depósito para o óleo lubrificante desse.
O cárter de um motor é constituído de ferro ou alumínio fundidos. Forma a parte principal do bloco do motor que contém o virabrequim e a bomba de óleo. As extremidades do cárter têm, frequentemente, garras destinadas à fixação do motor. As paredes extremas e as divisórias internas suportam os mancais do virabrequim. A parte inferior do cárter forma o depósito de óleo lubrificante.
É constituída por chapa de liga de alumínio.
A união do bloco com o cárter, em razão da necessidade de total vedação, requer uma junta com material que evite vazamentos por razão do aquecimento e dilatação dos metais.
O cárter de um motor é constituído de ferro ou alumínio fundidos. Forma a parte principal do bloco do motor que contém o virabrequim e a bomba de óleo. As extremidades do cárter têm, frequentemente, garras destinadas à fixação do motor. As paredes extremas e as divisórias internas suportam os mancais do virabrequim. A parte inferior do cárter forma o depósito de óleo lubrificante.
É constituída por chapa de liga de alumínio.
Cárter e Junta de vedação
A união do bloco com o cárter, em razão da necessidade de total vedação, requer uma junta com material que evite vazamentos por razão do aquecimento e dilatação dos metais.
Componentes móveis dos motores:
1 - Válvulas
São elementos metálicos responsáveis pela vedação da abertura de admissão do ar e pela vedação dos orifícios de saída dos gases da combustão. Existem dois tipos de válvulas:
Válvulas de admissão e Válvulas de escape.
A primeira abre-se para permitir a entrada da mistura combustível/ar (ou ar puro, conforme o caso) no interior dos cilindros. A outra, de escape, abre-se para dar saída aos gases queimados na combustão.
Alguns motores possuem válvulas laterais, ou seja, válvulas dispostas ao lado dos cilindros. Essa disposição clássica assegura um funcionamento silencioso.
1 - Válvulas
São elementos metálicos responsáveis pela vedação da abertura de admissão do ar e pela vedação dos orifícios de saída dos gases da combustão. Existem dois tipos de válvulas:
Válvulas de admissão e Válvulas de escape.
A primeira abre-se para permitir a entrada da mistura combustível/ar (ou ar puro, conforme o caso) no interior dos cilindros. A outra, de escape, abre-se para dar saída aos gases queimados na combustão.
Alguns motores possuem válvulas laterais, ou seja, válvulas dispostas ao lado dos cilindros. Essa disposição clássica assegura um funcionamento silencioso.
Disposição das válvulas de admissão e escape no cabeçote
Motores com válvulas suspensas possuem válvulas colocadas sobre os cilindros. Essa disposição permite uma forma mais racional da câmara de combustão, favorece a potência do motor e um rendimento térmico superior. A posição das válvulas suspensas determina melhor rendimento aos altos regimes e convém aos motores potentes de relação volumétrica elevada.
Mecanismo de acionamento das válvulas no cabeçote
As válvulas suspensas podem ser acionadas:
• Por hastes e balancins com eixo de cames no cárter.
• Por balancins com eixo de cames suspenso.
• Por eixo de cames suspenso com impulsos diretos sobre as válvulas.
A ligação do virabrequim e do eixo de cames é feita por meio de engrenagens, por corrente (corrente silenciosa), ou através de uma correia de borracha com arames de aço ou alma de aço denominada correia dentada. A fixação direta das válvulas permite obter uma abertura rápida, particularmente, em regimes muito altos, sendo reduzida ao mínimo a inércia das peças de movimento alternado.
O conjunto responsável pelo acionamento das válvulas, compreende o tucho e uma haste que o interliga ao balancim, apoiando-se diretamente sobre a válvula. No momento em que o eixo comando de válvulas gira, o ressalto deste ou came aciona o tucho que, por sua vez, move a haste, fazendo com que o balancim transmita o movimento à válvula, abrindo-a. Há um conjunto destes (tucho, haste, balancim) para cada ressalto, um para cada válvula, tanto de admissão quanto de escape.
Posição da válvula e seus componentes
Os pinhões de distribuição são os elementos responsáveis pela transmissão do movimento do virabrequim ao eixo de cames. Nos motores de 4 tempos, a relação de rotação da árvore de manivelas para a árvore do comando de válvulas ou eixo de cames é de 2:1, isto é, a cada duas voltas da árvore de manivelas, o eixo de cames realiza somente uma. Isso ocorre devido ao fato de o motor necessitar de duas voltas no virabrequim para completar a realização de um ciclo.
Motor com duplo comando de válvulas
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