domingo, 10 de janeiro de 2016

História do Motor a Combustão Interna


A teoria básica dos motores à combustão interna de dois tempos foi constituída pelo francês Nicolas Léonard Sadi Carnot em 1824, enquanto o americano Samuel Morey desenvolveu a patente do primeiro motor à combustão interna a vapor no ano de 1826.

O primeiro motor a combustão interna foi construído pelo Engenheiro belga Jean Joseph Étienne Lenoir, por volta de 1860, a máquina de gás de Lenoir é considerada a primeira máquina de combustão interna executável, usando uma mistura de gás iluminado e ar no ciclo do motor. O movimento do pistão sugava a mistura de gás para o cilindro onde ele era aceso com uma faísca elétrica. A explosão movia o pistão para trás. No caminho, os gases de combustão eram expulsos enquanto que do outro lado do pistão, a indução e o processo de trabalho era repetido. A potência deste motor era muito pequena, alcançando apenas 1 cavalo-vapor.

  
  

           Joseph Étienne Lenoir 





Máquina de Lenoir


Em 1867, o alemão Nicolaus August Otto desenvolveu um motor melhor, o chamado motor atmosférico livre de pistão. O motor foi premiado com a medalha de ouro na Feira Mundial de Paris de 1867 apesar de fazer barulho enquanto operava. O fato decisivo foi que seu consumo de combustível era cerca de 60% mais favorável do que os motores produzidos por outros fabricantes.

Na primavera de 1876, unindo esforços com Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach, desenvolveram o “motor Otto”. Este era um motor a gás de quatro-tempos com carga compressa que inicialmente era movido com a ajuda de uma chama de gás como uma fonte externa de ignição. Logo após o fim do movimento do pistão durante a fase de compressão, a chama era introduzida no cilindro onde ela acendia a mistura de combustível e ar, sendo possível apenas a utilização de combustíveis gasosos.

O princípio básico era e continua sendo simples: o combustível é sugado, compresso e então entra em combustão. No quarto tempo, os gases de combustão são expelidos. 

Em pouco tempo o novo motor de Otto foi desenvolvido por Maybach ficando pronto para produção em série, sendo introduzido no mercado sob o nome de “Deutzer A-motor” com um motor de aproximadamente 3 cavalo-vapor. Em seguida, a potência do motor pôde ser elevada em 5 cavalo-vapor.

Em 1883, Otto finalmente construiu um motor que também usava petróleo.

   
           Nicolaus August Otto


Em 1886, o alemão Karl Friedrich Michael Benz patenteara o primeiro motor boxer, movido a gasolina e com cilindros opostos horizontalmente. Karl Benz também apresentou ao mundo o primeiro carro. O carro era basicamente formado por três pneus cujo tamanho era de um pneu de bicicleta, com o motor na traseira, uma tábua de madeira usada como chassi, apenas um banco e o volante, que era uma manivela. Este carro atingia a velocidade máxima de 8 Km/h.




Karl Friedrich Michael Benz

 



O primeiro carro criado por karl Benz


Em 1893, o engenheiro alemão Rudolf Christian Karl Diesel idealizou um dos mais importantes sistemas mecânicos da história da humanidade. Rudolf Diesel elaborou um motor a combustão interna a pistões que explorava os efeitos de uma reação química, um fenômeno natural, que acontece quando o óleo é injetado num recipiente com oxigênio, causando uma explosão ao misturar-se. Este motor, que Diesel denominou “motor térmico racional”, acabou ficando conhecido como motor Diesel.



Rudolf Christian Karl Diesel


Os motores modernos são derivados dos construídos por Otto e Diesel e as características básicas dos mesmos são as seguintes:
a) Motores de ciclo Otto: utilizam combustível de baixa volatilidade, como a gasolina e o álcool. Para ignição necessitam de centelha produzida pelo sistema elétrico.
b) Motores de ciclo Diesel: utilizam como combustível o óleo diesel. A inflamação do combustível injetado sob pressão na câmara de combustão ocorre pela compressão de ar e consequente elevação da temperatura.
                           

Nenhum comentário:

Postar um comentário